Regras da «concorrência» abatem <i>Malév</i>

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A companhia aérea de bandeira da Hungria suspendeu as operações, dia 3, por insolvência financeira, um mês depois de a União Europeia ter obrigado a empresa a devolver ao Estado ajudas no montante de 88 mil milhões de forints (300 milhões de euros), recebidas entre 2007 e 2010.

As verbas estatais foram concedidas no quadro da segunda tentativa de privatização da Malév, ocorrida em 2007, com a entrada do multimilionário russo, Boris Abramovitch, e de outros investidores. Todavia, tal como já sucedera com a Alitalia em 1997, os novos donos não tardaram a desistir do negócio, e em Fevereiro de 2010 a companhia voltou para as mãos do Estado, que detém actualmente 95 por cento das acções, mas está impedido pelas regras da «concorrência» de viabilizar a transportadora.

A oportunidade foi de imediato agarrada pelas companhias rivais de baixo custo, em particular a Wizz Air, com sede em Budapeste, que começou a propor bilhetes com desconto aos milhares de passageiros afectados pela falência, e pela irlandesa Ryanair, que planeia abocanhar parte do negócio abrindo já este mês rotas internacionais antes dominadas pela Malév.

Por resolver está a situação de 2600 trabalhadores que asseguravam até agora cerca de 40 por cento do tráfego internacional do país.

A Malév foi criada em 1954, quando o governo húngaro comprou a parte soviética da empresa Maszovlet, constituída em partes iguais pelos dois estados em Março de 1946, um ano depois da libertação do país pelo Exército Vermelho.



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